Os artistas previamente convidados para a exposição virtual Reflexos Submersos – Olhares sobre a enchente no Rio Grande do Sul em 2024 foram diretamente afetados pela enchente de maio de 2024. Residem em áreas de risco e sofreram com os impactos da catástrofe em suas vidas e ateliês. Além das perdas materiais, tiveram seus trabalhos danificados ou destruídos. No entanto, apesar das adversidades, suas criações e resiliências emergiram ainda mais fortes.

FELIPE CAMPAL

Felipe Campal é natural dos Campos Neutrais. Nascido em  1984 na cidade de Santa Vitória do Palmar, convive com fotógrafos desde a infância. Mestre em Artes Visuais pela UFPel, estudou Criatividade e estratégias na fotografia contemporânea na EFTI, curso criado e ministrado pelo artista espanhol Javier Vallhonrat.  Recentemente foi agraciado com uma menção honrosa no concurso fotográfico “Transversalidades, fotografias sem fronteira”, do Centro de Estudos Ibéricos de Portugal com a série “Laranjal”. No ano de 2024, também com a série “Laranjal”, participou de importantes festivais de fotografia como o Festpoa na Fundação Iberê Camargo, o Festival de Fotografia BSB com exposições no Espaço Cultural Renato Russo e na Escola Parque 308 sul em Brasília, e no ano de 2025 no Foto em Pauta 14º Festival de fotografia de Tiradentes. A biografia completa pode ser vista no site www.felipecampal.art.

CÍNTIA LANGIE

Cíntia Langie estuda cinema, educação, arte e filosofia. É realizadora audiovisual, atuando desde 2006 como roteirista, diretora e montadora de cinema. Dirigiu e montou o longa-metragem O liberdade (2012), filme gaúcho que rodou festivais nacionais e internacionais e teve estreia em sala de cinema. É roteirista e diretora do curta Marcovaldo (2010), vencedor de prêmios em Gramado e destaque no Festival Latino-americano de Marselha/ França. Além desses, já dirigiu mais de 10 curtas, entre ficções e documentários. É doutora em Educação, com tese premiada pela Capes. É professora adjunta dos cursos de Cinema e Audiovisual e Cinema de Animação da UFPel, onde ministra as disciplinas de Roteiro, Documentário e Distribuição e Exibição. Em suas pesquisas, atua principalmente nos seguintes temas: cinema brasileiro contemporâneo, narrativa audiovisual e difusão alternativa de cinema. Entre outras coisas, é feminista, antifascista e militante pela democratização do acesso ao cinema brasileiro.

RAFAEL SICA

Rafael Sica é desenhista e nasceu na cidade de Pelotas (RS), em 1979. No ano de 2010 publicou o livro Ordinário (Companhia das Letras).  Em 2013, participou da antologia Friquinique (Beleléu) e publicou o álbum Tobogã (Narval). No ano de 2014 publicou Novela (BebelBooks) e FIM – Fácil e Ilustrado Manifesto (Beleléu). Em 2017 publicou o livro Fachadas (Lote42). A exposição individual O Ordinário Rafael Sica percorreu as unidades da Caixa Cultural de Fortaleza, Rio de Janeiro e Curitiba, durante o ano de 2018. Em 2019 publicou o livro Triste (Lote42). Seus mais recentes trabalhos são o livro Brasil (Caderno Listrado, 2020), Meu Mundo Versus Marta (Companhia das Letras, 2021), parceria com o escritor Paulo Scott, o infantil Ninguém Dormia (Ôzé, 2022) e a co-autoria em Satã Amigo das Crianças Boas (Veneta, 2023) com o desenhista Allan Sieber. O Projeto A Última Enciclopédia (Caderno Listrado) foi impresso em formato de coleção de gravuras durante o ano de 2023. Em 2025 lançou o livro Estive em Horroroso e lembrei de você (Companhia das Letras).

DANIEL MOREIRA E VALDER VALEIRÃO

Daniel Moreira é natural de Caçapava do Sul/RS e em 1996 mudou-se para Pelotas/RS. Em 2009 lançou seu primeiro livro de poemas “Poemas Urbanos” pela Editora Alcance de Porto Alegre/RS. Em 2010 participou como coordenador do “Sarau Poético e Musical” da Bibliotheca Pública Pelotense na cidade de Pelotas/RS. Em 2011 idealizou junto com amigos o projeto “Poesia no Bar” que levou a poesia de poetas de todas as regiões do país em marcadores de página, além de saraus com poesia falada por mais de 30 edições pelos bares das cidades de Jaguarão/RS, Pelotas/RS e Rio Grande/RS. Em 2012 lançou seu segundo livro de poemas “[Re]Versos” edição do autor, viabilizado através do edital do Procultura de Pelotas/RS. Em 2014 idealizou juntamente com amigos o grupo Mandinga Arte Cultura que promoveu saraus, mesas redondas e diversas atividades ligadas a literatura nas cidades de Capão do Leão/RS, Jaguarão/RS, Pelotas/RS, Porto Alegre/RS e Rio Grande/RS. Ainda em 2014 foi selecionado pelo projeto “Poesia no Ônibus e no Trem” da Prefeitura de Porto Alegre/RS. Em 2017 participou como Coordenador Editorial do projeto “Mandinga Editorial”, onde foram lançados 5 livros de 5 autores através do edital do Procultura da cidade de Pelotas/RS. Em 2018 lançou seu terceiro livro de poemas “Atrás da Curva do Vento” pelo selo Mandinga Editorial. Daniel Moreira reside no Laranjal com sua família desde 2015 e em 2024 teve sua casa atingida pela enchente pelo período de 07 de Maio à 07 de Junho. Por conta disso, ficou abrigado com sua família no apartamento de sua mãe no Centro da cidade de Pelotas/RS.

Valder Valeirão é formado em Desenho Industrial pela ETFPel e com passagem pelo Bacharelado em Artes Visuais da UFPel. Habita o território das imagens, atuando no design, na fotografia e, mais recentemente, no audiovisual. Sua trajetória é permeada pela música e pela poesia – espaços onde forma e ideias se encontram, e o sensível se torna matéria-prima. Grande parte de seu portfólio é composta por projetos artístico-culturais ligados a artistas como Marco Aurélio Vasconcellos, Martim César, Nauro Júnior, Aldyr Schlee, Vitor Ramil e João Simões Lopes Neto, e também a instituições como a Bibliotheca Pública de Pelotas, UFPel, UCPel, Secult, ATO Produção Cultural, Gaya Produções Culturais, Santander Cultural, Otroporto Indústria Criativa, Satolep Press, entre muitas outras. Como designer, recebeu o Prêmio Açorianos de Projeto Gráfico em 2018, pela capa do álbum Doze cantos ibéricos e uma canção brasileira, de Martim César e Marco Aurélio Vasconcellos. Na poesia, é um dos fundadores do grupo Mandinga Arte-Cultura, coordenou a revista Mandinga – Poesia e Fotografia e publicou, em 2018, o livro Outonos no Chão pela Mandinga Editorial (Procultura Pelotas). Em 2020, criou com Geovane Corrêa a série de documentários poéticos Poesia das Coisas, premiada pela Secult de Pelotas no Festival Sete ao Entardecer e, em 2021, pela Funarte no edital nacional Respirarte. Na música, assinou em 2020 o álbum Precisão ao lado do músico Cardo Peixoto, que musicou seus poemas. Também escreveu letras para o álbum Estação Basílio, de Yuri Marimon (2021), e para canções de Igo Santos, Gilberto Isquierdo, Felipe Rotta, Alex Vaz, César Lascano, entre outros. Desde 2023, atua como coordenador de comunicação e diretor de arte na Otroporto Indústria Criativa e na Sétimo Plano Produtora.

"esta exposição busca retratar essa vivência através do olhar dos artistas"

REFLEXOS SUBMERSOS

Olhares sobre a enchente no Rio Grande do Sul em 2024

Iniciativa contemplada no Edital SEDAC/PNAB RS nº 27/2024 - ARTES VISUAIS, que disponibiliza os recursos descentralizados através da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), instituída pela Lei Federal nº 14.399/2022, Decreto Federal nº 11.740/2023, D Instrução Normativa MinC nº 10, de 28 de dezembro de 2023, Instrução Normativa SEDAC nº 04/2024 e legislação correlata.

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